segunda-feira, 27 de julho de 2015

Da atração incompreensível por um pé engessado e a série de acontecimentos que se sucedem vertiginosamente


Este desenho começou de uma forma curiosa.

Sentei-me num dos mais simpáticos largos de Setúbal (“Ribeira Velha”) a beber uma água, apercebendo-me de um pequeno palco improvisado onde iria decorrer qualquer espectáculo musical.
O que motivou o começar a “desentraçar” foi uma espécie de pé engessado ou assim de uma senhora sentada numa mesa em frente.

De repente sobe ao pequeno estrado o Fanhais que começa a cantar, o que tentei registar com espanto. Tratava-se afinal da apresentação da candidata por Setúbal do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua.

O desenho foi feito há menos de uma hora e ainda está fresquinho

segunda-feira, 20 de julho de 2015

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Desenhos "cegos"

Não sei bem o que pensar dos chamados “desenhos cegos”, feitos a olhar para o objeto mas sem ver o papel onde se desenha.

Ponho dois. feitos em dois concertos a que fui no mês de julho. Acho que gosto do seu caráter intuitivo e imprevisto.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Anos 90


Entre 1991 e 1992 desenhei dúzias de pequenos rectângulos com o objetivo de fazer as capas das cassetes que ia gravando. Tenho-as praticamente todas e ainda as ouço. Este é um desses desenhos ao estilo da época, digamos assim. Servia de capa a uma gravação do Keith Jarrett.

sábado, 11 de julho de 2015

O gosto pela pintura... longe demais?


Para além do seu gosto curioso que o impele a se colocar quase em cima de quem está a fazer desenhos ou a pintar, o gato wally, para além de invulgarmente amoroso, parece-me um gato normal.
Um dia destes de manhã, ainda estremunhado, deparo com a criatura neste lindo estado… foi-se roçar nas tintas, pensei, catastrófico.

Descobri depois que eram umas flores e o seu pólen… e limpá-lo?!?



segunda-feira, 6 de julho de 2015

Viajando por entre desenhos



























Ao remexer nas gavetas, descubro este desenho já antigo e onde ainda desenhei a cadela Zara. Reparo agora que fiz poucos desenhos dessa extraordinária amiga que cometeu a proeza de ficar connosco até aos 16 anos de idade. Por outro lado nunca parei de a fotografar.
Estávamos no Salgueiral perto de Coja, toda a gente tinha mantas e fazia um frio épico…




Já a Madalena… foi sempre e continua a ser a minha “vítima” preferida... 



Agora tenho um crítico impiedoso que não deixa escapar nada…

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Pessoas que passam


 Por razões várias o meu pai desloca-se sentado numa cadeira de rodas. Às quintas feiras, se o tempo está bom, sentamo-nos na esplanada de um café e, entre silêncios, observamos cada um à sua maneira, quem passa.
 Mostro-lhe quase sempre os desenhos rápidos que faço das pessoas que caminham apressadas. Gosto de acreditar que, pelo menos com a malfeitura dos mesmos, ele se diverte.



quarta-feira, 1 de julho de 2015

Sobre a família

Segundo M. Yourcenar, uma vez terão perguntado ao pai, em tom afável, “onde é que se está melhor do que com a família?”, ao que este, após uma longa pausa introspetiva, terá respondido “noutro lado qualquer, noutro lado qualquer”.