As visitas ao lar do meu pai custam-me cada vez
mais. Anima-se ainda um pouco com os meus desenhos. Tem-me faltado a inspiração
e a vontade. Rabisco pequenas coisas de nada para manter o seu olhar atento.
Logo eu que nem sequer ligo a carros.
No meu caso é o meu irmão mais velho, que tem Down, que eu visito no lar. E sei dessa dificuldade, da resistência natural que temos a um lugar onde tantos apenas esperam, passiva e amargamente, pelo fim... Mas desenhar para o Pai ver é bom, muito bom! (Já o meu irmão não compreenderia nem daria qualquer valor.) Continuar, pois!
É isso... são os "invisíveis" que trazemos junto ao peito tornando-nos a nós por vezes invisíveis também. O meu pai fica atento aos traços que rabisco porque antes de adoecer com alzheimer esculpia. Mas sim, desenhar para ele reconforta-nos. Continuar, sim. Obrigado.
Ah! A veia artística vem de família, então! Coragem para continuar a enfrentar essa doença tão ingrata - uma das mais dolorosas para as famílias. Um abraço
No meu caso é o meu irmão mais velho, que tem Down, que eu visito no lar. E sei dessa dificuldade, da resistência natural que temos a um lugar onde tantos apenas esperam, passiva e amargamente, pelo fim...
ResponderEliminarMas desenhar para o Pai ver é bom, muito bom! (Já o meu irmão não compreenderia nem daria qualquer valor.) Continuar, pois!
É isso... são os "invisíveis" que trazemos junto ao peito tornando-nos a nós por vezes invisíveis também.
EliminarO meu pai fica atento aos traços que rabisco porque antes de adoecer com alzheimer esculpia.
Mas sim, desenhar para ele reconforta-nos.
Continuar, sim.
Obrigado.
Ah! A veia artística vem de família, então!
EliminarCoragem para continuar a enfrentar essa doença tão ingrata - uma das mais dolorosas para as famílias.
Um abraço
:) obrigado.
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